O projeto, que vai até 15 de abril, tem como um dos objetivos realizar a gravação de músicas pertencentes ao acervo da própria filarmônica.
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urante mais de um século e meio, desde o ano de 1868, quando foi fundada, que a Sociedade Filarmônica 25 de Março tem desempenhado uma intensa participação nos cenários cultural e social de Feira de Santana.
Sua presença sempre foi marcante na vida da cidade, acompanhando procissões e desfiles cívicos, animando bailes e inaugurações, e promovendo aquelas emocionantes e saudosas retretas que juntavam multidões em torno dos três coretos, que ainda hoje são testemunhos solitários de um tempo em que a poesia tinha um lugar privilegiado nos espaços públicos da Princesa do Sertão.
É essa atuação histórica que agora está sendo resgatada por um projeto desenvolvido pela própria 25 de Março, uma das mais antigas filarmônicas em atividade na Bahia, e que, em consonância com os tempos atuais, leva o nome de Banda Digital.
O projeto, que vai até 15 de abril, tem como um dos objetivos realizar a gravação de músicas pertencentes ao acervo da própria filarmônica, a serem executadas por crianças, adolescentes e adultos de sua própria banda e difundidas por canais digitais de comunicação. As gravações serão feitas de forma individual e à distância, e depois editadas em um conjunto, por causa da pandemia.
As obras são de autoria dos maestros Estevam Moura (1904-1951) e Manoel Tranquilino Bastos (1850-1935), dois dos mais importantes compositores baianos de músicas para filarmônica; da compositora e pianista Georgina Erismann (1893-1940), autora do belo Hino a Feira de Santana; e do maestro Antonio Neves, atual regente da 25 de Março e coordenador do projeto.
Paralelo a isso, o projeto Banda Digital também editará antigas partituras do acervo da 25 de Março, que ficarão disponibilizadas ao público amante da boa música, e reunirá publicações do centenário Jornal Folha do Norte, entre os anos 1910 e 1912, sobre a atuação das filarmônicas na cidade, para serem difundidas, em textos e vídeos, nas redes sociais.
O projeto tem apoio financeiro da Prefeitura de Feira de Santana através da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer via Lei Aldir Blanc, direcionado pela Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.
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